Vou deixar o cargo de CEO em 2026 para me concentrar em pesquisa e publicações irreverentes. Feliz Natal.

a máquina tomou conta. uma vez, havia laboratórios de pesquisa iluminados pelo brilho da curiosidade. quadros brancos cobertos de equações que poderiam não levar a lugar nenhum. pessoas que ficavam até tarde porque o problema era interessante, não porque o quadro precisava de uma demonstração. agora, as plataformas de perfuração se instalaram. os prospectores. o motor de combustão do capital girando através do que costumava ser ciência de fronteira, extraindo valor, convertendo maravilha em pista de decolagem. tu podes ouvir se escutares - aquele rangido metálico. a maquinaria da escala. os dutos sendo instalados desde o artigo de pesquisa até o anúncio do produto e a chamada de lucros. tudo otimizado. tudo monetizado. tudo em uma linha do tempo que serve à fornalha, não à fronteira. os pesquisadores de olhos brilhantes ainda estão lá, em algum lugar. mas agora estão alimentando carvão em uma caldeira. estão mantendo pressão em um sistema que responde a deuses diferentes daqueles que os chamaram para este trabalho. é isso que acontece. toda vez. os sonhadores cavam os primeiros poços, e então os industrialistas chegam com suas refinarias e seus cronogramas de extração e seu apetite infinito. a máquina funciona com um combustível mais antigo que a eletricidade. e nunca, jamais para de ter fome.